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Casa Espírita Recanto de Maria

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Casa Espírita Recanto de Maria

Libertação

Abre-se o portão do grande palácio. Um humilde servidor vem me conduzir ao seu patrão. Olhei em derredor e notei o jardim bem cuidado, a grama bem aparada, formando belo tapete. Admirando aquele espetáculo divino, imaginei a fortuna daquele senhor que iria me receber, para tratarmos de algo referente a uma questão jurídica. Aguardava-me em uma bela biblioteca, onde deslumbrei diante de obras raras, jamais imaginadas por este advogado nascido em família humilde. Ele me esperava sentado em uma cadeira de espaldar alto, de século XIII, obra valiosí­ssima. Estranhei a sua deselegância, que apenas cumprimentou-me, indicando-me a cadeira. Apresentando-me, esperei o meu cliente inteirar-me da causa a tratar. Até ali a ignorava.

— Senhor, disse ele, como pode ter notado, sou possuidor de imensa fortuna, sendo esta a causa de tê-lo chamado até aqui. Quero doar isto tudo para obras de caridade, ou melhor, para os laboratórios científicos pesquisarem a morte.

Olhei-o e, intrigado, perguntei:

— E a sua famí­lia, estão de acordo?

— Encontro-me sozinho. Ela toda já se foi. A morte a levou.

Já tinha eu iniciado as experiências espí­ritas. Empolgado com elas, tive de lutar para não extravasar os conhecimentos já adquiridos, mostrando-lhe que a morte não existe. Mas, como não devemos misturar trabalho com Doutrina, calei-me, esperando mais dados. Ele me contou que em uma de suas inúmeras viagens de lazer, sofreu um sério acidente junto com a famí­lia. Partiu esta com a morte: três filhos, a esposa, a mãe e um irmão. E assim viu, ano após ano, duras partidas. O dinheiro para ele nada resolveu. O que mais desejava era a presença dos amigos e dos familiares e isto lhe era negado. Sempre fui ótimo conversador, mas aquela fisionomia de tristeza tocava-me o coração. Não resistindo, falei das minhas experiências com o mundo espiritual, convidando-o para um contato com os espí­ritos. Ele sorriu, achando-me maluco. Falei-lhe:

— Só vou aceitar a sua causa se o senhor me aceitar como amigo. Sei que vou receber uma fortuna, mas hoje, que descobri o caminho de Jesus, ela me vale tão pouco quanto para o senhor. Ela não compra paz, felicidade nem amor.

Senti que aquele milionário, acostumado com exploradores do seu rico império, viu-me como um homem diferente e disse:

— Volte sempre aqui. Vamos então tentar ficar amigos.

Convidou-me para um saboroso licor.

— Não bebo.

Ele perguntou:

— Os espí­ritos não deixam?

Respondi:

— O meu fígado.

Sorrindo, saboreamos o chá. Notei que ele não se levantava. Para mostrar-me algo que se encontrava longe de suas mãos, apertou a campainha e logo apareceu o criado com a sua cadeira de rodas. Ele disse:

— A morte não me levou, mas deixou-me marcado.

Tornamo-nos amigos e, sendo portador de sua confiança, fomos até a sua casa fazer uma sessão. Graças à  presença de dois bons médiuns foi possí­vel a comunicação com sua esposa, da qual, além de reconhecer a voz, teve a vidência. Tornou-se grande lutador da Doutrina, respeitando a morte e vivendo a vida não mais trancafiado em seu suntuoso castelo, mas indo em cada orfanato, em cada hospital, em cada lugar onde encontrava dores maiores que as suas.

Perdi o cliente, mas ganhei um grande amigo.

Por meio dele, encontrei a certeza de que só nos tornamos infelizes quando nos trancamos dentro da nossa solidão.

Mensagem constante da obra “Nós Amamos Vocꔝ, de Espí­ritos diversos, psicografada por Irene Pacheco Machado.

Irmão João

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